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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Porta do meio: abre ou não?

           Há duas semanas, peguei o Millennium 2 1591, na linha 172N (↕ Belém – Shopping Center Norte). Nem os chamo mais de novos, porque até o cheiro de novo deles já desapareceu! Entretanto, esses são os que chegaram há meses. Com o grande número de novos ônibus (293), os últimos acabaram chegando apenas recentemente e entraram em operação há uma semana.

           Apesar do que eu acabei de escrever, esse não é o assunto sobre o qual quero falar. Quero falar sobre portas. Estes Millenniuns têm três portas, com um elevador na do meio. Bem, depois de uma viagem lotada nesse Millennium — achei isso estranho, porque, numa 271C da vida, haveria, no máximo, uns cinco passageiros —, fui desembarcar. Apertei o botão. Ao chegar ao ponto onde desço, o ônibus para e, para minha surpresa, a porta do meio abre. Felizmente, o cobrador, vendo que eu queria descer e estava no fundo do ônibus, avisou ao motorista para abrir a última porta.
            Eu não entendi uma coisa: por que a porta do meio foi aberta? Em primeiro lugar, eu já peguei o 2 1591 diversas vezes com esse motorista e, em todas, ele abriu apenas a terceira porta. Em segundo lugar, pensei que fosse “proibido” abrir a porta central, considerando que ela deveria ser utilizada apenas por cadeirantes. Achei isso muito estranho!
            Algumas empresas (ou a maioria) não abrem a porta do meio alegando que o elevador ficará danificado rapidamente. A única empresa que já vi abrir a porta do meio, com elevador, de seus ônibus é a Viação Piracicabana, da baixada santista, que deixa livre as portas de seus Torinos G6 e Urbanuss Pluss adaptados para deficientes físicos,  mas a maioria abole essa prática mesmo. Elas devem ordenar seus motoristas para que não abram, porém não é isso que sempre ocorre. A comunicação entre a empresa e o motorista nem sempre é perfeita. No caso da Sambaíba, só posso dizer que é estranho. Apesar do aviso próximo à porta dizendo que ela é exclusiva à cadeirantes, alguns motoristas a abrem normalmente. Já vi Millennium parando no ponto e abrindo as três portas (no caso de alguém subir). Contudo, o mais comum é apenas a última abrir. Sinceramente, considero meu caso mais estranho ainda, porque, ficando na última porta, tenho certeza de que ela abrirá. Foi estranho ver apenas a central abrindo. Certa vez, num Mondego da Viação Cidade Dutra, na linha 675X/10 (↕ Vila Mariana – Terminal Grajaú), um homem queria descer na Rua Loefgreen. Chegando ao ponto, apenas a porta onde ele estava abriu. Quer dizer que o motorista percebe onde o passageiro está (nesse caso, era um articulado, portanto todas as portas deveriam abrir)? O motorista do 2 1591 achou que alguém próximo a porta central queria descer?
             Em minha opinião, portas centrais com elevador deveriam ser abertas apenas quando o ônibus estivesse muito lotado — junto com a outra porta, é claro.Isso resolveria de ter que se apertar lá no fundo quando o ônibus está abarrotado. Não há porquê abrir a porta central, caso o ônibus esteja vazio. Basta caminhar até a última porta. Deveria, também, haver um aviso perto da porta que avisasse os desavisados, pois são incontáveis as ocasiões onde vi pessoas apertarem o sinal de parada solicitada e ficarem em frente à porta central achando que ela vai abrir (na verdade, às vezes, ao chegar ao ponto, o motorista acaba abrindo por solidariedade, mas alguns também mandam a pessoa se dirigir à porta de trás). Digo isso, pois em algumas empresas não há o tal do aviso. Repito: na Sambaíba, há um que diz que a porta é para cadeirantes, mas, se é assim, por que ela abre? Vale dizer também que, quando chegaram, preservavam bastante os novos Millenniuns. Hoje, é mais comum ver a cena desse texto (porta central abrindo), mas não quer dizer que elas também não abriam quando eles eram novíssimos. Abaixo, um vídeo, não feito por mim, que demonstra a porta central abrindo, num ônibus razoavelmente lotado: 


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Indo ao Itaim Bibi

         No sábado, dia 02/07/11, fui ao Itaim Bibi. Meu único objetivo era andar (e fazer um vídeo) num articulado (qualquer que fosse) da linha 106A/10 (Itaim Bibi ↕ Santana). Isso, na verdade, deveria ter ocorrido semana passada, mas não foi possível devido ao estrambótico e inesperado itinerário realizado pela linha 107T/10 (Cid. Universitária↕ Tucuruvi) no dia, que havia sido alterado, nas imediações do Itaim Bibi, em virtude de uma maratona (no mesmo dia, também foi alterado perto da Avenida Cruzeiro do Sul, contudo isso não fez nenhuma diferença). Voltando ao que eu fiz 02/07, bem, considero chato ir e voltar com a mesma linha (106A, neste caso). Só faço isso quando não há mais de uma opção para ir a certo lugar. Portanto, fui ao ponto mais próximo de minha casa esperar pela linha 107T, umas das opções disponíveis para chegar ao Itaim Bibi (ou perto dele). Na minha sincera e humilde opinião, o passeio foi ruim.
Em 2007, 2 2203 na linha 177P
(Butantã USP - Pedra Branca), que,
hoje, parte do Metrô Santana.
Ele era fixo na linha 177P e,
atualmente, parece estar fixo
na 2740/10 (↕ Santana - Pedra Branca),
linha que surgiu depois do
encurtamento da 177P.
Estava de penetra na 107T.
(Créditos a Rafael [Only Buses],
em http://only-buses.4shared.com.)
         Tudo começou a ficar ruim quando a espera pela linha foi longa: trinta minutos. Não é lá tanto tempo, considerando que, em passeios, já esperei até mesmo quase duas horas, então tudo ainda estava bem. Depois dos mencionados trinta minutos, mais uma má notícia me atacou: o carro da linha 107T que apareceu (e para o qual sinalizei) foi o 2 2203, um temido Apache Vip OF-1417. Na verdade, eu não poderia dizer que é ruim só de vê-lo, pois existem alguns bons por aí. Não era o caso deste, porém. Percebi sua ruindade ao ficar poucos minutos dentro dele. Ele estava extremamente lento, para minha infelicidade. A única coisa boa é que, apesar da demora, ele não estava lotado. Subiam e desciam pessoas por todo o trajeto. Enfim… foram infindáveis minutos dentro dessa coisa até a Avenida Cidade Jardim, onde pude, pela pouca utilizada porta esquerda, desembarcar, como previsto em minha rota. Apesar da entediante viagem, fiz um (curto) vídeo.
          Saindo da parada e caminhando pela Rua Dr. Mário Ferraz, depois pela Rua Tabapuã, e logo após pela Rua Brigadeiro Haroldo Veloso, cheguei à Avenida Henrique Chamma, onde está localizado o TS (ponto final) da linha 106A. Lá, havia dois Caio Mondegos O-500UA parados, um dos três tipos de articulados presentes na empresa. Além deles, é possível encontrar também Urbanuss Pluss e Millennium articulado, ambos O-500MA. Estes dois últimos têm piso normal, enquanto os Mondegos têm piso baixo. 
Um dos vários Mondegos da Sambaíba.
Que estranho estar escrito
apenas “Itaim” no letreiro.
Normalmente, vejo “Itaim Bibi”.
(Créditos a Cosme Oliveira [busManíaCo].)
          Voltando à história, quem saiu foi o de trás, dois minutos após minha chegada ao local, e nele eu estava, lá no fundão. Concluí meu desejo de andar num articulado, só faltava o de fazer um vídeo, pois. Depois de alguns minutos, ele estava feito. Decepcionei-me com a lerdeza do Mondego ou falta de vontade do motorista de pisar fundo. Não dava nem para ouvir direito o som do motor. Foi outra viagem cercada de tédio. Outro problema foi a superlotação, entretanto ela já era esperada, senão nem haveria articulados na linha aos finais de semana (infelizmente, aos domingos eles somem e dão lugares a Millenniums, mas a demanda continua a mesma). Uma prova de que o trajeto foi feito devagar, é que, ao desembarcar desse Mondego, na Rua Voluntários da Pátria, em Santana, logo atrás estava um outro Mondego da mesma 106A, que nos alcançara. De tão chato que foi, nem me lembro de qual era o prefixo do Mondego em que andei. Onde está a motivação para vê-lo (o prefixo)? Em condições normais, caso eu não soubesse o prefixo do ônibus em que estou, eu ficaria lutando comigo mesmo dizendo: “Tenho que ver o prefixo desse ônibus quando eu descer, tenho que ver”. Mas hoje? Sem condições.
           Resumindo: hoje foi ruim por causa da excessiva lerdeza por parte dos operadores com os quais me deparei hoje. Espero ver-me em melhor situação daqui a uma semana, quando, se nada der errado, farei uma vagarosa visita ao Parque Vila Maria, com as linhas 1206/10 (Praça do Correio – Parque Vila Maria), na ida, e 271C/10 (Praça da República – Parque Vila Maria), na volta. Para pegar a 1206, precisarei ir até a Rua Paula Sousa, no centro, e, para isso, basta pegar a 107T ou a própria 271C, descer na Rua Brigadeiro Tobias e andar um pouco.