15/05/2011: um dia que eu não recomendaria para pegar ônibus, pois estava frio, choveu (no meio do trajeto), e era um domingo. Nada que me incomodasse, no entanto. Na verdade, no que se refere ao último item (ser domingo), pessoalmente, não me importo de esperar ônibus aos finais de semana, mas o pensamento da maioria das pessoas é o seguinte: "Busão de domingo é f***...". Só os problemas "bons mesmo", ou seja, muito incomodantes, conseguem fazer com que eu ache andar de ônibus muito chato, e bons exemplos destes problemas são: superlotação, trânsito, adolescentes fazendo baderna, indivíduos sem fone de ouvido ouvindo lixos musicais (funk e outros) pelo ônibus, motorista extremamente lerdo/forçando lentidão etc. Na verdade, talvez nem estes conseguem me abater!
De qualquer forma, não era um dia onde iria pegar ônibus. Para falar a verdade, eu achava que ficaria em casa sem história para contar por aqui hoje, mas fui convidado a ir à casa da minha vó de ônibus visitar parentes, e é lógico que não hesitei em aceitar. Em 90% das vezes em que vou até lá, o trajeto é feito de carro, a oportunidade de ir de ônibus surgiu repentinamente, e eu a adorei.
A casa de minha avó é servida por duas linhas de ônibus: 111TRO (Metrô Tucuruvi – Jardim Leda) e 249TRO (Metrô Penha – Jardim Paulista), bem próximas, mas sendo a 249 inviável por dar muitas voltas antes de passar pelo Parque Santo Antônio, onde reside minha avó. As linhas 003TRO (Metrô Tucuruvi – Taboão) e 110TRO (Metrô Tucuruvi – Jardim Bela Vista) também servem, porém mais longinquamente, descendo num lugar que fica a 15 minutos à pé. Sendo assim, meu plano era ir até o Metrô Tucuruvi, onde eu teria três opções (mas me focaria em somente uma, 111, por passar mais perto).
A casa de minha avó é servida por duas linhas de ônibus: 111TRO (Metrô Tucuruvi – Jardim Leda) e 249TRO (Metrô Penha – Jardim Paulista), bem próximas, mas sendo a 249 inviável por dar muitas voltas antes de passar pelo Parque Santo Antônio, onde reside minha avó. As linhas 003TRO (Metrô Tucuruvi – Taboão) e 110TRO (Metrô Tucuruvi – Jardim Bela Vista) também servem, porém mais longinquamente, descendo num lugar que fica a 15 minutos à pé. Sendo assim, meu plano era ir até o Metrô Tucuruvi, onde eu teria três opções (mas me focaria em somente uma, 111, por passar mais perto).
Para ir de onde moro, em Santana, ao Metrô Tucuruvi, bastaria simplesmente pegar um “metrôzin” na estação Santana, mas se você acha que vou trocar uma viagem de ônibus por uma de metrô, está completamente enganado. Por melhor que o metrô seja para todas as pessoas que não gostam de ônibus, eu só o pego quando realmente não há outra opção ou quando preciso chegar rapidamente a um lugar. Restam-me então as cinco linhas de ônibus da Rua Duarte de Azevedo que passam pela estação Tucuruvi ou próximas a ela: 1702/10 (Tietê – Jova Rural), 1732/10 (Metrô Santa Cecília - Vila Sabrina) 174M/10 (Museu do Ipiranga – Jardim Brasil), 179X/10 (Metrô Barra Funda – Jardim Fontális), 172T/10 (Metrô Brás - Vila Nova Galvão) e 107T/10 (Cidade Universitária – Metrô Tucuruvi). Também tem a 1701 (Metrô Santana - Jova Rural), mas essa não pego nem ferrando, pois é da Transcooper, nisso nem minha mãe me obriga a entrar, havendo tantas opções melhores. Listei as seis linhas da pior para a melhor no quesito “lotação”. A 107T/10 é, indubitavelmente, a melhor de todas, pois humilha completamente as outras cinco: é mais vazia, conta com seus Millennium’s (traseiros sempre são ótimos) mesmo aos finais de semana, e não menos importante, tem seu TP (ponto inicial) exatamente no Metrô Tucuruvi, pouco atrás das linhas intermunicipais guarulhenses, enquanto as outras linhas servem-no apenas com paradas onde eu ainda teria que fazer uma caminhada de 5 minutos (174M/10 e 172T/10) ou 10 minutos (179X/10, 1732/10 e 1702/10) até a estação. Infelizmente, contrariava-me um duro "inimigo" da busologia: minha mãe, que comigo estava. Ela basicamente está atrapalhando meus planos, porque não suporta nem um pouco ficar esperando qualquer ônibus, e certamente pegaria o primeiro que passasse, não o que eu queria (107T/10).
Tentei fazer uma macumba aqui, outra ali, para que fosse abençoado com a vinda de um ônibus da 107T/10, mas não deu outra: o esperado aconteceu (eram três linhas contra a 107T/10), e o que eu não queria veio. Segundos após a nossa chegada ao último ponto da Rua Duarte de Azevedo, apareceu ao fundo um Apache Vip de pintura “local” (aquela onde o azul da área 2 na frente do ônibus fica apenas pela metade, dividido com o branco), isso significa que era um Apache Vip da Fênix. Em outras palavras, meu destino seria pegar 179X/10 ou 1702/10... Felizmente, o azar não quis mais fazer gracinhas comigo e me deu até um pouquinho de sorte: o Apache Vip, de prefixo 2 5038, era da 179X/10 (melhor do que a 1702/10), e ainda era um OF-1721, melhor chassi dianteiro que já existiu, sem sombra de dúvidas, e vale ressaltar também que a 179X/10 é a melhor depois da 107T/10 (em minha opinião), pois a 172T/10, segunda colocada naquela lista, quase nunca passa... Mas não é só isso, agora vêm os dois melhores benefícios dessa história: o ônibus não estava lotado e achamos assentos disponíveis, e o motorista era um velhinho magro com cara de 60 anos. Esses velhos no volante são sempre 8 ou 80, ou sempre tomam cuidado demais na direção ou são uns verdadeiros malucos do trânsito, mas não vejo problema nisso! É assim que deixo explícito o segundo benefício: este motorista velhinho dirigiu esse Apache Vip de um jeito que me fez esquecer totalmente da 107T/10, adorei ver o som de um OF-1721 correndo loucamente pela Avenida Luiz Dumont Villares e ruas da Parada Inglesa/Tucuruvi (referindo-me às ruas Paulo de Avelar e Cruz-de-malta).
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Foto do 2 5038 na 179X/10 em 2007. Ele é fixo nela, por se tratar de uma cooperativa, a Fênix. (Créditos a Rafael de http://only-buses.4shared.com) |
Chegamos em poucos minutos ao último ponto da Avenida General Ataliba Leonel, o mais próximo do Metrô Tucuruvi (pelo menos para nós). Caminhamos então, até o Metrô Tucuruvi, e sua estreita calçada (que deve ser um problema daqueles no horário de pico), passando pelo TP de várias linhas, até chegar aonde queríamos, na cobertura do ponto existente para a 111TRO, que era bem localizado para nós, que poderíamos observar se havia algum carro da linha 003TRO e 110TRO, que também serviam, mas não do jeito que eu queria (mais uma vez minha mãe ataca com sua impaciência, na hora achei que ela pegaria o primeiro que passar). Como de praxe, não havia ônibus algum parado lá, essa linha tem intervalos irregulares mesmo aos dias de semana, imagine então num sábado, o que eu mais temia era a chegada das 003TRO e 110TRO, que também não contavam com nenhum carro em seus pontos.
Esperava eu então, vendo coisas aleatórias, ônibus da área 2, ônibus da E.O. Vila Galvão, empresa que opera na área 3 da EMTU (engloba as cidades de Guarulhos, Arujá, Mairiporã e Santa Isabel), inclusive um Apache Vip II dela que me desejava “boa noite” no letreiro (não eram nem 16h00 ainda), mas tudo isso foi em apenas cinco minutos. Depois que eles passaram, recebi uma triste notícia de meus olhos: eles viram um Apache Vip vindo, e nele havia o número 003. Isso me desapontou fortemente, mas logo fui consolado: após pedir a minha mãe que esperasse, ela estranhamente aceitou, apesar da chuva que caía. Mais cinco minutos e outra desgraça aconteceu: um recente Comil Svelto (foi recebido há meses) da linha 110TRO chegou. Agora sim era o suficiente para minha mãe dizer: vamos nesse! Para falar a verdade, eu pensei: não é tão ruim, pelo menos vou matar a curiosidade de como são esses Sveltos, os quais nunca tive a chance de experimentar. Quando nos preparávamos para ir ao ponto da linha 110TRO, chegou do outro lado da Avenida Dr. Antônio Maria de Laet um Apache Vip da 111TRO, fui salvo pelo gongo...
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Um dos Comil Svelto novos que não peguei, inclusive nesta foto está na 110TRO. (Créditos a Wellington Everton em http://fotolog.terra.com.br/regione:182.) |
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