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terça-feira, 28 de junho de 2011

Bilhete Único desaparecido

    Hoje, 28/06/11, voltava para casa mais uma vez, algo corriqueiro. O escolhido desse dia foi o 2 2038, um medíocre Apache Vip OF-1417 da linha 271C/10 (Praça da República – Parque Vila Maria), que não hesitei em pegar quando o vi chegando ao ponto alguns segundos depois de mim. Ele é um conhecido. Fixo na linha, passa sempre às 12h30 (em normais condições), com sua mesma dupla de operadores. Logo após ele, vem aquele motorista do post “Motorista da 271C”, que às vezes passa 12h30 também (nesse caso, o outro passaria cerca de 12h15).
     Quando entrei, fui logo em direção à catraca, como sempre faço, a fim de passá-la. Nunca me sento na frente. Passei meu encapado (com um protetor de cartões, é isso?) Bilhete Único umas quatro ou cinco vezes no validador da roleta, e, após duradouros segundos, o único resultado que obtive foi a seguinte fala do cobrador: “Assim não passa, hehe”. Finalmente, percebi que o meu Bilhete Único não estava no local: apenas seu protetor estava. Creio que algumas pessoas tenham me olhado e esboçado um sorriso. Felizmente, havia um banco livre bem a frente do cobrador, onde pude me assentar e procurar dinheiro na minha bolsa (isso seria mais complicado de pé), para finalmente completar a missão de hoje: passar pela catraca.
     No final das contas, meu bilhete estava fora de seu protetor, perdido em algum lugar distante (na minha bolsa não estava). Fiquei levemente indignado, pois, em primeiro lugar, gastar R$ 3,00 com ônibus é supérfluo, tendo um bilhete de estudante que só me faz gastar R$ 1,50 (consideremos que também não é o fim do mundo). Em segundo lugar, sinto-me um completo desligado, ao saber que consegui, incrivelmente, colocar em minha bolsa só uma capa, sem perceber que nela faltava o item mais importante de todos! 
      É para esse tipo de imprevisto nos ônibus que sempre carrego comigo dinheiro reserva (hoje, utilizei uma nota de cinco reais). Ano passado, em um Torino GVII da linha 172T/10 (↕ Brás – Vila Nova Galvão), o validador era falho (deve ser comum nesses carros antigos), e, para ajudar o cobrador e também agilizar a situação, paguei em dinheiro, mesmo tendo um bom saldo no Bilhete Único. Não é o mesmo caso, pois eu tranquilamente tinha o bilhete, mas é um exemplo de onde o dinheiro reserva pode ser útil. Caso algum dia eu embarque num ônibus com meu bilhete tendo a quantia zero, guardado estará meu dinheiro para não ter de enfrentar nenhum problema — nunca tive a oportunidade de descer pela frente devido a isso ou sequer vi isso. Guardar o dinheiro reserva é quase um TOC para mim, pois fico bem intrigado quando não há (fico o tempo todo pensando em o que acontecerá caso não haja saldo, mesmo que meu bilhete contenha um milhão de reais).
     Enfim, outra coisa interessante: o ônibus ficou com sua frente totalmente lotada de idosos, enquanto atrás os assentos eram ocupados, mas ninguém estava de pé, exceto eu. Desci. Logo atrás, vinha o vazio 2 2095, da mesma 271C, com o motorista do post “Motorista da 271C”, carregando apenas moscas, já que o 2 2038 absorveu todos os passageiros. Mais uma coisa interessante: vi uma moça dirigindo um Apache Vip OF-1722M da linha 1778/10 (↕ Santana - Jaçanã), do qual não me recordo o prefixo. Recordo-me, no entanto, de que já a vi há alguns dias, dirigindo um Marcopolo Senior G6 da mesma linha (citei-a no post do dia 20/05). Atualmente, mulheres dirigirem ônibus não é algo tão raro!…

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