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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ônibus em 01/06/2011

    01/06/2011: dia frio rotineiro. Finalmente vi algo diferente pela manhã. Ainda assim, não foi algo tão surpreendente, era só um Millennium II piso baixo central na linha 1771/10 ( Santana – Vila Zilda) que, diferente de sua irmã 1726/10, de mesma denominação, não costuma recebê-los frequentemente. Um dia, se eu tiver sorte, ou não, pegarei um Millennium numa linha de bairro, para observar seu desempenho no trajeto da região do Tremembé (um péssimo viário, o qual também existe em outros lugares da zona norte e da cidade).
    Para voltar a minha casa, contei com uma mísera diferença: sair quinze minutos antes do normal. Devido a isso, havia a chance de eu me submeter a novas experiências nos ônibus, ou em outras palavras, pegar uma linha qualquer com um motorista que não costumo ver. Não obstante, coexistia também a chance de eu esperar o tempo passar até o meu horário normal, enquanto observava a movimentação do ponto, simplesmente.
    Ao chegar nele no anormal horário, a primeira coisa a ser notada é a presença de apenas cinco pessoas. Multiplicando isso por cinco, ainda não chegaríamos ao número de pessoas que havia nela ontem, creio, perto deste horário (talvez ainda houvesse muitas pessoas a chegar ali). Depois dessa insignificante observação, fui surpreendido: atrás de um Apache S21 da linha 1702/10 (Tietê – Jova Rural), aparecia um Apache Vip I OF-1722 da linha 172T/10 ( Brás – Vila Nova Galvão). Era o 2 2689, conduzido por um motorista que geralmente aparecia no meu horário normal na linha 172T (hoje, apareceu quinze minutos antes). Isso é só uma pequena prova do quão irregular são os intervalos dessa linha (é sempre ele que passa neste horário, mas já o vi 12h20, 12h30 e 12h40, sendo que hoje 12h15). Tenho quase certeza de que não é nenhuma troca de horários com outros motoristas da linha, embora tenha visto um diferente motorista passando lá para as 12h40 há alguns dias (com o 2 2773). Por curiosidade, eu sempre tinha o azar de pegar uma linha lotada (não importando se boa ou ruim) e logo após descer no meu ponto, ver esse motorista pilotando, com um olhar risonho, algum ônibus da 172T com três pessoas dentro (geralmente era algo próximo disso). Além disso, geralmente era um Marcopolo Torino (atualmente aposentados), mas também já o vi em outro OF-1722 (2 2676), e até no Marcopolo Viale reencarroçado 2 2996, o qual é fixo na linha 172T (poucas vezes sai dela).
    
2 2689 na linha 148P/10 (Lapa - Jd. Pery).
Fixou-se recentemente na linha 172T,
devido à aposentadoria de outros carros.
(Créditos a Rafael Trevizan, aqui.)
É um motorista bom e ele possui uma característica mais ou menos interessante — para mim. Ele, no abrir das portas, seja de embarque, seja de desembarque, fá-lo muito antes de parar o ônibus. Já é possível abri-las quando o ônibus começa a frear, mas hoje vi algo mais ou menos diferente quando desci: ele parou de acelerar o Vip e logo abriu as suas portas, porém não freou o ônibus, e só o fez quando realmente estava perto do ponto. Isso significa que o aviso “este ônibus não trafega com as portas abertas” (ou parecido) pode ser, desta forma, ignorado durante certo intervalo de tempo, afinal, o ônibus pode trafegar com a porta aberta, desde que não esteja acelerando (mas sim reduzindo a velocidade). De qualquer maneira, eu não me preocupo com isso, pois não sou mais tão burro ao ponto de descer do ônibus enquanto ele ainda se movimenta. Isso equivale a se jogar do coletivo (e, não sei ao certo, mas em algumas cidades deve existir motoristas impacientes que não param o ônibus totalmente para o passageiro descer). Enfim… basta esperar o ônibus parar, pois em São Paulo esse tipo de incidente, ou acidente nos casos mais graves, é raro e dificilmente acontece, eu acho (li uma vez sobre um garoto que morreu depois de cair de um Apache Vip da Viação Campo Belo, da área 7 de São Paulo, mas foi só), e de qualquer forma, o motorista do 2 2689 não é nenhum doido de pedra.
    Outros dois fatos a serem mencionados são: em primeiro lugar, o 2 2689 fazia um barulho chatíssimo de “ar” ao acelerar. Os OF-1722s acabam de me persuadir de que são mesmo ruins quando apresentam algum problema. Em segundo lugar, a 172T exibiu sua característica mais agradável: sua falta de passageiros. Neste quesito, 172T é o antônimo da linha 172N/10 ( Belém - Center Norte), porque ao passo que uma lota, a outra esvazia. Hoje, quando entrei no ônibus junto a outras três pessoas, ele só tinha duas pessoas na parte da frente, e duas na parte de trás. Após a Estação Santana, restou no ônibus apenas eu e as duas pessoas da parte frontal... Ultimando esta história: desci normalmente do ônibus (com ou sem portas abrindo antes da hora, não importa). A única desvantagem que tenho ao sair quinze minutos mais cedo é um intenso fluxo de estudantes de uma escola próxima ao ponto onde desço... Fico abismado ao ver o ponto desço com umas trinta pessoas, sendo que, quinze minutos depois, ele apresenta não mais do que cinco! Eles não interferem em nada no ônibus que pego, porém, uma vez um até encheu o meu saco, mesmo nunca tenho o visto na vida... Hoje em dia, existem certos estudantes levianos, espalhados por todo o Brasil.

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