30/05/2011: um dia frio, assim como os anteriores, assim como os que estão por vir. É um dia diferenciado dos demais, pois hoje apresentava uma característica atípica: voltar para casa 10h30, duas horas antes de meu horário normal. Voltar para casa neste horário significa que, provavelmente, não verei nenhum ônibus ou motorista “conhecido“. Eu pegaria um aleatório.
Ir à parada me traz uma cena que está se tornando rotineira durante o trajeto até ele: ver um micro-ônibus (sempre um Busscar Micruss) cobrindo a linha 1721/10 (↨ Carandiru – Vila Ede). O problema é que esse micro-ônibus não é da Sambaíba, da Transcooper, e muito menos da Fênix. Trata-se da Abracov (na verdade não sei se dela, ou da ASSESP), uma espécie de consórcio com liminar para operar algumas linhas, de um jeito que parece até clandestino.
Aproximadamente 10h40, eu me prontifiquei no ponto. Enquanto pensava em qual ônibus pegaria, com tantas opções randômicas, e enquanto estava ao meu lado um Apache Vip OF-1721 da linha 1760/10 (Center Norte – Cohab Jardim Antártica) junto a um Busscar Urbanuss Pluss OF-1418 da linha 1745/10 (Center Norte – Vila Nova Cachoeirinha), um senhor que acabara de chegar ao ponto fez a mim a seguinte pergunta: “Esse ônibus é o Vista Alegre?”. Respondi negativamente, para os dois. O senhor me contou que tinha dificuldade com sua visão. Eu tinha muito tempo livre (se eu quisesse, ficaria lá até 12h30), portanto resolvi ajudar o senhor, avisando-o quando a 971V/10 (Center Norte – Jardim Vista Alegre) chegasse, porém eu não disse a ele que eu faria isso (fingiria que meu ônibus ainda não passou). Foram-se várias opções que tranquilamente me serviam, mas esperava eu pela 971V, enquanto conversava com o senhor (na verdade, ele sempre perguntava se o ônibus que vinha era o Vista Alegre), além disso ele também perguntou se eu precisava pegar algum ônibus, então respondi que eu estava “enrolando” no ponto (daí não foi mais preciso fingir). Esperei por 15 minutos até que a linha viesse (foi a última a passar, de todas que vem pela Avenida Zaki Narchi, uma agonia tremenda), então, como planejado, eu disse ao senhor sobre a chegada da 971V, e ele me agradeceu. Em seguida, o velho seguiu seu rumo no 2 1225, um Marcopolo Viale OF-1721.
Atrás deste Viale, estava um Caio Apache S21 OF-1417 de prefixo 2 5071, pertencente à linha 179X/10 (↨ Barra Funda – Jardim Fontális). Peguei-o. Ele ainda está se acostumando com a linha, porque chegou recentemente à 179X, numa "confusão" de trocas internas na Fênix. Essas trocas envolveram (e ainda podem envolver) as linhas 179X/10, 1206/10 (Praça do Correio - Parque Vila Maria) e 172K/10 (↨ Tatuapé - Jardim Tremembé).
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2 5071, em sua antiga linha. (Créditos a Emil Júnior E-218, da Revista Portal do Ônibus.) |
Continuando com o ônibus que peguei hoje: o 2 5071 também apareceu, por coincidência, no vídeo que divulguei em minha última postagem no blog. Era bastante barulhento, e no vídeo de minha última postagem fazia um forte barulho principalmente ao frear, barulho que não ouvi hoje (talvez consertado desde o sábado?). Não é extremamente rápido, mas também não é lerdo. Também possui um som suave, bem baixo. O ônibus estava com uns 25 de seus 34 assentos ocupados. No Metrô Santana todos os assentos foram ocupados de vez. Interessante notar que há certo movimento de pessoas neste horário (já eram 11h), achei que todas as linhas, com exceção daquelas superlotadas de terminais capelinhas e varginhas por aí, ficassem vazias de manhã, ou pelo menos não totalmente ocupadas. Quando desci do ônibus, havia ainda três pessoas querendo entrar (ficariam de pé, certamente), no mesmo ponto. Notei que já peguei ônibus com o motorista do 2 5071, mas os motoristas da 179X são uma coisa tão relativa... Na ocasião, ele estava com o Apache Vip 2 5089, 12h30, mas já o vi em aleatórios horários (uma vez, estando no ponto às 11h15, vi-o num Comil Svelto IV da linha). Hoje, apareceu com um S21 às 10h55. A 179X é uma linha onde os motoristas não são escalados sempre no mesmo horário, ao que parece.
Um fato da Fênix que pôde ser reparado no ônibus é o fato de a cobradora ser uma mulher. Isso é a coisa mais comum do mundo nas linhas 179X/10 e 1702/10 (Tietê – Jova Rural). Já perdi as contas de quantas vezes vi mulheres no papel de cobradoras nestas linhas. O número de cobradoras supera muito o de mulheres motoristas, o qual ainda é escasso (espero que algum dia seja maior). Enfim, para terminar a história: desci do ônibus para ir até minha casa, como sempre faço, sem nada de anormal ocorrer...
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