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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ônibus em 26/05/2011 - Pequena greve de manhã

    26/05/2011: tudo caminhava para um mais um dia frio e normal em São Paulo, mas no final das contas ele foi movimentado (inclusive, isso gerou dois posts, algo inédito no blog, até agora). De manhã, notei algo que, certamente, é atípico. Refiro-me a uma fila de ônibus vermelhos, ou seja, da área 4, com prefixos iniciando em 4 1xxx (da E.T.C. Novo Horizonte?), passando pela Avenida Cruzeiro do Sul, em Santana. Entre eles: Millennium’s, Torinos e Apaches Vips. Vi um dos Torinos de frente, mas ao mesmo tempo de longe. Seu letreiro registrava o conhecido “Reservado”, ao passo que no vidro dianteiro estava escrito em um papel “alguma coisa Santana”. Afinal, se um ônibus de outra área já é algo que não é visto todos os dias por aqui, o que dizer de uma fila de vários? Ainda assim, por enquanto, não havia como eu saber com exatidão o que era aquilo, mas não imaginei nada de especial na hora. Isso só veio à tona depois, quando soube o que havia acontecido (os únicos métodos de eu saber eram: alguém me contar, eu ver alguma notícia sobre isso num telejornal de manhã, ou eu observar mais detalhadamente qualquer um dos ônibus que participaram do Paese, para perceber que eles faziam alguma linha da área 2, coisa que não fiz com o Torino, por estar longe dele).
    No decorrer do dia, fiquei sabendo que um de meus amigos teve de usar um ônibus da Santa Brígida (área 1), quando ele comentou sobre um "ônibus verde-claro" na linha 118C/10 (Santa Cecília – Jardim Pery Alto). A partir disso, foi possível concluir que houve (havia) uma greve. Também deduzi que a paralisação foi feita apenas na Garagem 1 da Sambaíba, Garagem Jardim Pery, pois eu vira ônibus de linhas, como o Vip 2 2647 na 271C/10 (Praça da República – Parque Vila Maria), passando normalmente pela minha rua, além de várias outras linhas operando no Terminal Santana (na verdade, lá há um bom número de linhas afetadas, mas isso foi ofuscado graças a grande quantidade de ônibus presentes ali das linhas das outras três garagens da empresa). 

Operação PAESE na linha 118C.  Na foto, um Busscar Urbanuss da  Santa Brígida faz a linha. Na época  A garagem 1 também estava em greve!  (Créditos a Felipe Paixão em  http://fotolog.terra.com.br/lip1723:119.)
    No momento, já identifiquei algumas informações sobre a greve... Em primeiro lugar, às 8h00 quase tudo estava normalizado: restavam nas ruas da zona norte, quanto aos carros de outras áreas, apenas os que estavam terminando de fazer certas linhas ou voltando para suas respectivas garagens. Participaram da operação PAESE (plano de apoio entre empresas em situações de emergência), além dos já citados ônibus da área 1 (1 1xxx) e 4 (4 1xxx e 4 4xxx), também ônibus da área 3 e 6, da VIP Transportes Urbano (3 1xxx, 3 2xxx e 3 3xxx) e da Viação Metropolitana (6 3xxx), além de ônibus da própria área 2, oriundos da CooperFênix (2 5xxx) e também das outras garagens da Sambaíba (que não estavam em greve). O motivo desta greve foi uma paralisação por parte dos motoristas e cobradores, graças às multas que eles vem recebendo por parte da SPTrans, considerada por eles como injustas.
    Esta paralisação é o assunto mais importante deste post, com certeza, mas não é por causa dela que deixarei de contar as historinhas de sempre. Fui ao ponto 12h31, sem pensar muito na greve, pois ela não mudaria nada nas linhas que utilizo, mesmo que ainda estivesse em vigor. Pouco tempo de espera, e veio o Caio Millennium II PBC 2 2471, na linha 107T/10 (Cidade Universitária - Tucuruvi), o qual peguei, com certa dificuldade, e com certa sorte também. Isso, primeiramente, porque seu letreiro estava horrível, e graças a isso, demorei a sinalizar. Em segundo lugar, apenas eu entrei no ônibus, e ninguém mais iria descer. Isso significa que se houvesse dois, ou até mesmo apenas um ônibus já parados no ponto, as chances de este PBC cortar o ponto (passar reto por ele, passar por fora) seriam altíssimas, mas não uma certeza (isso não é exclusividade dessa linha, mas é um ato mau praticado por muitos motoristas).
     Millennium O500M é Millennium O500M. Seu motor traseiro não deixa dúvidas de que ele é veloz, apesar de sua limitação de 50 km/h. O 2 2471 pertencia à Garagem Fernão Dias (GFD) da empresa, mas com a chegada dos novos Millenniums O500M e O500U, exclusivos de lá por possuirem etanol, muitos carros foram transferidos de lá para outras garagens, e o 2 2471 foi um deles, pois atualmente encontra-se na Garagem Maria Amália (antiga garagem central da empresa), fazendo linhas como a 107T, e outras recheadas de traseiros (talvez apareça, em raras ocasiões, em alguma linha mais esquecida).
2 2471 fazendo a linha 701A/10
( Vila Madalena - Parque Edu Chaves),
linha que é da GFD (hoje o 2 2471 não está mais lá).
(Créditos a Rafael, de http://only-buses.4shared.com)
     Não me lembrava da cara do motorista desse PBC, mas muito provavelmente já peguei com ele, pois a cobradora eu já havia visto algumas vezes ano passado, e ela era inconfundível. Aconteceu algo surpreendente (para mim) quando entrei no ônibus, ou melhor, quando já estava dentro dele perto de passar pela catraca: a cobradora, inesperadamente, soltou para mim o seguinte dizer: "Apareceu, hein?". Provavelmente disse isso, porque fazia tempo que eu não pegava um ônibus da 107T com ela (peguei outros no mesmo horário e não foram com ela). Eu não esperava nem um pouco por isso, pois nem peguei a 107T tantas vezes ano passado, aliás, já peguei mais vezes ainda com outros cobradores de outras linhas e eles não falam nada. Então, além de se lembrar de mim, por que ela falaria isso para eu, que nunca falei com ela? Bem, ignorando toda essa minha "reflexão", a qual obviamente não fiz naquela hora, respondi positivamente. 
    Depois, tudo ia como esperado. No Metrô Santana o ônibus esvaziou, descendo do ônibus um número de pessoas que era o quintúplo do número de passageiros que entrou. Na hora de descer do ônibus, achei que teria minha primeira ocorrência do ano no que se refere a "passar do ponto onde desço". Isso, pois o motorista parou no meio da rua, alguns metros depois de onde realmente é o ponto, algo que também foi acompanhado de uma freada brusca com as portas abrindo quase que "do nada". Tenho agora a curiosidade de pegar novamente a 107T, para ver se a cobradora diz algo... Ou não.

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