22/05/2011: um dia após o suposto Juízo Final de 21/05/2011, considerado por alguns como fim do mundo, estou eu aqui, “vivinho da silva”, pronto para contar-lhes outra história. Parece que foi apenas mais uma teoria falha, e já tenho o meu ingresso para 2012...
Hoje meu plano era fazer um passeio curto até a Vila Nova Galvão, a fim de conhecê-la melhor, pegando a linha 172T/10 (↕ Brás – Vila Nova Galvão), indo até o final, e depois voltando de lá com a 1782/10 (↕ Santana – Vila Nova Galvão via Av. Nova Cantareira) ou com a 1782/31 (↕ Santana – Vila Nova Galvão via Av. Guapira), ou até mesmo com a 172T/10 dependendo das circunstâncias. As três têm ponto inicial no mesmo local, este. Parece ser algo fácil, mas há uma grande barreira no caminho: a demora da linha 172T. Caso ela demorasse demais a passar, eu voltaria para casa, pois não posso perder meu dia com estas viagens.
Prontifiquei-me no último ponto da Rua Duarte de Azevedo 15h45, o qual contava comigo e com mais uma pessoa, e era lá que esperaria a passagem da linha. Nada vinha ao fundo, dando a impressão de que haveria uma longa espera. Vi vários ônibus randômicos pasasrem, e após vinte minutos de espera, fui surpreendido (sim, surpreendido, vinte minutos é pouco para uma 172T) por um Apache Vip I da 172T, para o qual obviamente sinalizei (ainda bem que não havia outro ônibus já parado no ponto, senão eu correria o risco de ver este Vip o cortando, já que não é um ponto tão utilizado). Era o 2 2126, um Apache Vip I OF-1722M, que estava na 172T apenas "de boa", "aleatoriamente colocado", pois não é nem um pouco fixo da linha (aos finais de semana as escalas da maioria das linhas ficam bizarras).
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Apache Vip OF-1722M 2 2127, "irmão" do 2 2126, na linha 107T (Cidade Universitária - ↕ Tucuruvi). |
Ao chegar no ponto final, estavam lá quatro Apaches Vip’s: 2 2126 (que eu peguei), 2 2128 da 172T, 2 1167 da 1782/10, e um que não consegui identificar, que havia saído pela linha 1782/31 (o que é trágico, pois eu pretendia pegá-la, mas como não posso ficar esperando, agora teria que pegar a 1782/10, a não ser que aparecesse do nada um da 1782/31). Também havia um micro-ônibus Marcopolo Senior, 2 2313, que estava com placas da linha 1726/10 (Metrô Santana – Vila Zilda). Não me pergunte o que ele fazia lá, só sei que depois de alguns minutos saiu sem nenhum passageiro com o letreiro “1726 VILA ZILDA”.
A Vila Nova Galvão não é o melhor dos lugares para esperar a saída de um ônibus, e isso não é preconceito (também há boas pessoas lá, como sabem...), isso é fato! Ela também não está sozinha numa história dessas, pois assim como vários outros bairros periféricos de todos os cantos de São Paulo, aparenta ser perigoso, mas adianto que não me importo muito com isso, pois se me importasse, não estaria nele hoje, estaria na minha casa tremendo de medo só de ouvir tal nome. Há pessoas más, com certeza, mas não é por causa delas que devem ser ocultadas as pessoas de boa índole. Tirei algumas fotos do local sem ser incomodado por ninguém (apenas um cara olhou, mas vai saber se ela não olhou por curiosidade apenas...).
2 1167 na 1782/10, com Vila Nova Galvão ao fundo... |
No TP da linha subiram apenas eu e mais duas pessoas, e mais umas vinte pela Vila Nova Galvão. O que me surpreendeu foi que várias pessoas desceram ainda na Vila Nova Galvão e Jova Rural... Pensei que as pessoas fossem apenas até o Metrô Santana ou até, no máximo, a Rua Maria Amália Lopes de Azevedo, isso mostra que essas linhas também têm um sobe-e-desce. Pessoas também subiram pela Rua Maria Amália Lopes de Azevedo e Costa Brito, o ônibus chegou a ficar com pessoas em pé em certo momento. Por último, uma última coisa que me surpreendeu: havia um piso baixo central na linha 1782/10 (2 2715) e outro na linha 1782/31 (2 2350), se um já é raro, dois é... Indescritível. Após um trajeto de aproximadamente quarenta minutos, desci na Rua Ezequiel Freire, em Santana, e apenas caminhei até minha casa. Eram 17h55.
Olá, bem interessante a proposta do seu blog; moro nessa vila e posso te dizer com certeza que há e muito, gente boa, gente que trabalha, que sofre porque depende desses ônibus para se locomove, ir trabalhar. É um estress! Em domingos e feriados já fiquei coisa de uma hora esperando e (mal) bendito ônibus. Como nem tudo são pedras e nem tudo são flores, veja o que escrevi sobre o lugar:
ResponderExcluirhttp://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3378687
http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3190501
Continue com o seu belo trabalho!